No Brasil, são muitas as dificuldades encontradas pelos professores durante a aplicação do conhecimento, tais como: a falta de materiais didáticos, a desvalorização do profissional da educação e a rotina, muitas vezes, cansativa. Dessa forma, a busca pelo aperfeiçoamento da didática pode tornar-se ineficiente, não atendendo as necessidades individuais de cada aluno. Com a publicação da Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência em 2015, aprofundaram-se as discussões acerca das metodologias didáticas necessárias para assegurar o direito à educação dos alunos com deficiência no ensino regular. No caso de alunos com cegueira e baixa visão, algumas metodologias devem ser específicas e demandam um maior tempo para o seu preparo. O presente trabalho descreve o processo de produção de uma prancha pedagógica sobre o ciclo hidrológico e mudanças do estado físico da água para pessoas com deficiência visual. Para que o recurso didático pudesse atender adequadamente aos alunos, foi necessário que na sua produção fossem observados diversos detalhes, como os tipos de materiais usados na texturização, a escrita correta do Sistema Braille, o tamanho e a segurança do aluno ao manusear o material. Ao final da produção, os materiais foram avaliados por três revisores cegos do Instituto Benjamin Constant (IBC) e por seis alunos da Educação Básica da instituição (dois cegos e quatro com baixa visão), por meio de formulários de avaliação, a fim de verificar a eficiência e aplicabilidade em sala de aula. Os materiais foram aprovados para a replicação e registro na Divisão de Desenvolvimento e Produção de Material Especializado (DPME) do Departamento Técnico Especializado (DTE) do IBC, permitindo assim que sejam também solicitados por outras instituições públicas de ensino que atendam alunos com deficiência visual..